11 de setembro de 2013

Conversas do CEMUNI VI

Vi uma menina de pele branca, cabelo preto e coxas grossas no Cemuni VI. Ela usava uma burca e ouvia no fone de ouvido El Arbi, do cantor Khaled.

No quadrante oposto, andando paralela a ela, só que em sentido oposto, mas de mesmo módulo vi uma jovem de shortinho da malhação cantarolando Sorte Grande da Ivete Sangalo.

A minha sorte grande foi presenciar o encontro dessas duas jovens quando elas foram beber água, meu amigo.

- Poxa, não tem copo.

- É, esqueci a minha caneca do RU também...

- Pô, e eu que nem caneca tenho.

- Água só pra quem pode, né!

- Sim. Você também faz Psicologia?

- Faço... vamos pedir copo na pós?

- Não sei. Se você quiser... "passarinho que come pedra..."

- Que ditado é esse?

- Me ensinaram quando eu morava na Bahia. "Eu crio pássaros, mas tem um que eu gosto mais..."

- Você é cheia de ditados... rsrs...

- Esse último não foi ditado não! Tava recitando uma música...

- Legal! Onde você comprou esse véu?

- Na Vila Rubim, perto de uma loja que vende atabaques. E seu short?

- Peguei emprestado com minha irmã. Ela é modelo.

- Sua irmã não fica com raiva?

- Nada. Da próxima vou pegar a caneca do RU dela emprestado.

- Rsrs... Água só pra quem pode, né! Rsrs

- Ô!

 Depois disso se despediram, foram para as suas respectivas aulas. Uma terceira jovem, loira, olhos verdes, que apenas
havia passado por ali correndo para não perder a aula sobre Behaviorismo sonhou à noite com Jade e Debora Brasil. Parecia o encontro de dois mundos incrivelmente diferentes, mas em harmonia. As duas estavam felizes, era a mistura do Brasil com o Egito.

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