19 de março de 2013

Crônicas de um calouro de Psicologia

Quando eu era calouro resolvi andar feito um musaranho na UFES e não sabia o que estava por vir...

Sentei na sombra do pé de siriguela, e de lá caiu uma frutinha em minha cabeça. Era doce, doce feito o Camaro Amarelo. Avistei a menina mais gata da minha turma, aquela que gosta da Regional da Nair e a perguntei, você gosta de siriguela? Ela riu, não sei se ria do Cavalo Amarelo ou do musaranho que não revelarei a cor.

Minha mochila era daquelas meio pasta, que se penduram no ombro feito a camisa do Vasco e da Tuna Luso . Levava naquela mochila um mapinha da UFES, que meus primos que estudaram lá no final da década de 90 me deram.

Lembrei que havia esquecido de pagar o alguel da república e que fazia dois dias que não lavava as louças, e que a farofa pronta estava na mesinha do quarto.

Quando estava andando entre os Cemunis vi um vulto. Pensei ser Nelson, o professor da barba branca que fizera 85% da minha turma questionar por que se tem que comer o bolo só depois do parabéns. Depois pensei ser algum veterano. Depois pensei ser a veterana mais bonita que já tinha visto, já que também ouvira dizer que volta e meia aparecem veteranas que você nunca viu, que gostam da Regional da Nair... estava confuso.

Parecia que o vulto mudava de organização de átomos a todo momento. Lembrei de Shang Tsung. Daí ouvi uma voz: "Calouro, te atormentarei, mas fique calmo...". Me assustei, desde quando Shang Tsung falaria comigo essa frase... não era a voz que dizia "Flawless victory", logo não era conhecida.

Estava indo em direção às pedrinhas, quando resolvi voltar e passar pela frente do Banco do Brasil e contornar, naquele momento ouvi um barulho. Era um galho que havia caído nas pedrinhas, onde passaria...

Cheguei no CA e contei para Zé o que havia acontecido e ele disse para mim: "Será que é o Fudêncio?"
 
Fui entender depois, Fudêncio havia comunicado comigo, e naquele semestre me ferrei em Anatomia...





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