Oi, eu sou Tiramissu e vou contar mais um capítulo de uma
das minhas aventuras!
Desta vez, estava no coração de uma floresta tropical,
talvez a Atântica, e a umidade estava severa, em seu grau mais elevado. Suor e
partículas de vapores de água se misturavam em minha pele, pois o calor do meu
corpo naquela adrenalina fazia a umidade se condensar ao primeiro contato.
Quando entrei naquela trilha procurando um espécime de sagüi
mal sabia eu em que estripulia me metera. Era apenas 7h da manhã, o que
considero um bom horário, visto que mais cedo a névoa ainda está gélida, o que
me dificulta a respiração. Com um bom café da manhã como desjejum, achei que
apenas umas frutas na mochila seria o suficiente e evitaria o excesso de peso –
ledo engano.
Comecei minha caminhada observando atentamente a comunicação
ruidosa da espécie, os sagüis são animais traquinas e muito pequenos, da cor
dos troncos da árvore, fica deveras difícil disntiguí-lo na densa vegetação; a
trilha estava velha e em desuso eu ainda tinha que alternar minha atenção na
procura com os cipós com espinhos e as raízes rasteiras.
A cada passo, uma sensação de paz vinha à tona pois estava
cada vez mais adentro da mata.
Entenderá o motivo da adrenalina e do calor quando eu te
disser que avistei uma onça! Bom, a onça havia primeiro me achado, então já
estava sapecando na minha direção! Corri, corri e mais uma vez corri.
A atenção aos cipós e raízes já se esvaíra, motivo de minha
roupa estar toda rasgada e ter tomado alguns tropeções.
Dado momento, deparei com um rio profundo e de correnteza
média, mas logo ali uma cobra armando um bote e me olhando nos olhos.
Vocês bem sabem que, diante de uma cobra, devemos olhá-las
fixamente os olhos, sem desviar o olhar – não pisque! –, se arder agüente!
Rapidamente peguei o bote que a cobra estava armando e
entrei remando rio adentro. A onça ainda pulou no rio, mas sua natação era
insuficiente para pegar uma pequena embarcação inflável navegando na
correnteza.
Estava perdido!
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