29 de março de 2011

Paradoxos da sociedade

Pensando a sociedade de forma matemática, eis que várias afirmações são altamente descartadas ao usar o campo da lógica.

Sabemos que a sociedade é tradicionalmente patriarcal e com características machistas, lógico que hoje muito dessas pressuposições básicas já estão mudando, mas vamos pegar como base a história para fazer um jogo matemático simples. A sociedade se baseia em afirmações inquestionáveis, porém o campo lógico-matemático, com um toque de simplicidade faz tudo cair no chão, apesar de que as pessoas mesmo assim, ainda vão dizer que as sentenças são verdadeiras, vamos lá:

Introdução: Numa sociedade machista, a criação familiar do homem é diferente da mulher. Desde cedo, algumas coisas são liberadas ao homem e mais aceitas do que com a mulher. Dentre elas, uma relativização do costume religioso de se casar virgem. Muitos homens eram iniciados ao entrar na puberdade, enquanto a mulher se guardava para o seu marido.



Afirmação 1: Pela conivência social, o homem poderia iniciar sua vida sexual antes do casamento e mais, esse mesmo rapaz, tinha um comportamento de "pegar geral". O menino homem é criado para ter as relações sexuais e suas namoradas de forma mais livre.

Afirmação 2: A mulher deve ser recatada e não pode ferir o princípio de casar virgem, deve se reguardar para o momento certo. Dessa forma, não pode ter uma vida de "pegar geral".

Lógica: As afirmações são excludentes.


Apesar de anos e anos, a sociedade ter funcionado dessa forma, isso não tem lógica alguma. Por quê? Vamos à explicação!

O raciocínio é simples: para a afirmação 1 ser correta, tem que ter mulher que fique com esse homem que "pega geral". Se esse homem que "pega geral" é solteiro e ele pega a mulherada... logo a afirmação 2 está errada, já que na afirmação 2, a mulher deve ter relações após o casamento e com o seu marido.

Se a afirmação 2 for correta, não haveria mulheres que aceitariam a vida de "pegar geral" dos homens, e esses não teriam parceiras para a sua liberdade admitida pela sua posilção masculina, ou seja a afirmação 1 estaria errada.

Dessa forma, através da lógica, dois paradigmas dos valores da sociedades vão para o ar. Ou seja, a parada foi feita pra dar errado. Pela via da lógica, é excludente as duas afirmações conviverem, por uma questão simples de raciocínio.

6 comentários:

  1. Tudo bem, meu caro Opositor!
    Concordo com sua análise.

    Só uma questão que você não considerou: o meio no qual as afirmações estão imersas.

    É tipo na química, em que uma ácido reage de tal forma com um sal, mas que se estiver em um meio ácido, vai reagir e outra forma.

    Homens e mulheres estão num meio de produção de subjetividade capitalista, quer dizer: há competição e se almeja o destaque em relação aos demais.
    É aquele papo: "a condição é dada de igual forma pra todos, uns conseguem atingir tal posição [ no caso, casar virgem ], outros não, mas isso é porque uns são mais capazes".
    Nesse caso, há o destaque social da que se guarda pro casamento e o do que "pega geral".

    Como na competição pela posição social "rico x pobre", é necessário que uns fiquem desfavorecidos para que outros sejam favorecidos.

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  2. Concordo com a análise do amigo cientiste (é ci-é cientista).

    Porém, há vários níveis de análise e o foco no artigo acima era colocar que as afirmações são excludentes e o negócio (qual o negócio?) já foi feito pra dar errado, a analise posterior feita por vc, é a continuação da pesquisa, na conclusão do artigo que não foi publicado no blog está escrito:

    "Mas a pesquisa não se finda aqui. Novas produções científicas e pesquisas devem ser realizadas com o foco no mesmo tema."

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  3. Tá certo! Bela conclusão! Acho que você foi orientado por Antinere DePissot.

    Só que o negócio (qual o negocio?) nao foi feito pra dar errado, mas para acirrar uma competição.

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  4. Dar errado no sentido de que são excludentes, é uma lógica que não fecha. Mas a parada da competição, como disse acima são novas pesquisas que já estão sendo feitas para explicar o fenômeno do paradoxo.

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  5. Como sempre, Antoniere Depissot fazendo pesquisas reducionistas para poder abordar os outros níveis de análises que não foram contemplados em novas pesquisas para assim poder produzir e divulgar mais artigos e aumentar sua pontuação no currículo!

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