3 de novembro de 2010

Jacaré no seco anda?

Choveu pra caralho!

Como todos sabem, época de Dia de Finados, chove fácil. Só não sabem disso os prefeitos das cidades da Grande Vitória. Aí sempre rola a Gazeta noticiando "Enchente em Vila Velha", "na avenida Carlos Lindeberg, caos para os motoristas...", "desabamentos nos morros", "ligue para defesa civil"...

Na hora de noticiar quando ainda tá com sol, que nenhuma obra ou tentativa de solucionar esses problemas estavam sendo feitas... ou ver o que foi feito, nada... mas vamos lá...

Sobre essa última chuva, tava vendo o Balaaaança, e mostraram imagens de um jacaré simpático que apareceu num afluente do Rio Marinho lá em Cobilândia! Na verdade, num valão, por causa do esgoto lançado o tal rio virou vala.


Ser humano é meio estranho né? Na matéria dizia, que uma galera tava tacando pedra no bicho... de graça!!!

Hoje, num é que mataram o bicho? Novamente, de graça...

Tudo bem que a Polícia Ambiental pode ter demorado... que o Ibama e o Iema demoraram pra caralho pra dar um posicionamento (como sempre)... mas se conseguiram capturar o jacaré, podiam ter levado ele pra algum lugar, já que não queriam que ele ficasse ali. Com tanta coisa para se revoltar (inclusive com a própria enchente, fila na Unidade de Saúde, gente morrendo no hospital por negligência, corrupção pode, né? mas jacaré não) porque matar o jacaré?

Pra quem acha q é brincadeira o lance, segundo a Lei 9605/98 , famosa Lei de Crimes Ambientais:

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção I

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. (...)

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; (...)

III - durante a noite;



Mas a vingança maior está na voz do povo e na sabedoria popular, pra essa galera de Cobilândia:

Jacaré no seco anda?

4 comentários:

  1. Esse povo (os filhos da puta) de Cobilândia, Vila Velha, em vez de fazer alguma coisa contra o valão, mata o jacaré. É por isso que o valão continua lá a décadas.
    Teve muita gente vendo o jacaré sendo morto, teve muita testemunha. Quero ver gente sendo presa!!!
    Cade o ibama?

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  2. Quem tiver informações sobre os assassinos deve ligar para o Disque-Denúncia no telefone 181

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  3. O valão existe lá HÁ décadas.
    Verbo haver no sentido de tempo passado

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